quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Tristeza

Existem 2 tipos de tristeza, já dizia Rubem Alves. A primeira delas, que passei a chamar de diurnas, são aquelas para as quais existe uma razão... sabe aquela tristeza por ter perdido algo que se gosta muito? Essa mesma. Quando o mundo gira tranquilamente, belo e gostoso como deve ser, mas pra vc, tem algo errado, uma perda, que faz com que tudo fique triste.
A segunda é um pouco mais complicada, não existe razão pra tristeza, mas ela teima em permanecer... como o crepusculo, o sol foi embora deixando espaço para a escuridão. Sabe quando tudo esta certo, não existe nada fora do lugar, mas sente-se falta de algo que esta pra vir? talvez seja a beleza das cores que vão mergulhando em um olhar acinzentado.
Podemos comparar nossa alma(emoções) com a rotina do sol... As vezes como uma manha brilhante e fresca, cheia de alegria, outras como o por do sol, nostalgico, vazio, triste. Aprendi a apreciar o por do sol, pois tristeza é preciso, a tristeza aproxima as pessoas, torna as pessoas mais tenras e cuidadosas com as outras. Mas deve existir um limite, é preciso que a tristeza dê espaço à alegria tambem, tristeza só é perioso, deixa a alma com pouca vontade de lutar. vem a vontade de não sair da cama, dormir o dia inteiro... Dormir é uma morte reversivel( não anotei onde li isso), por isso vira algo muito desejavel. E quando vem a tristeza, algo se manifesta junto: a arte. Artistas tem o dom de guardar o crepusculo, eternizar o efemero, sempre que se escutar aquela musica, ler aquele poema, passear naquele local... o passado ira voltar. A beleza da arte vem da tristeza, se a tristeza não existisse, não saberiamos o q é arte.


Amo a tristeza medida!

( Não sou EMO!!!)

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